Tesouro dos EUA esclarece posição sobre empresas chinesas

O Tesouro dos EUA negou qualquer intenção de bloquear empresas chinesas de se listarem nas bolsas de valores dos Estados Unidos. Um recente relatório da Bloomberg, citando a porta-voz do Tesouro, Monica Crowley, confirmou que a administração não está considerando tal movimento no momento. As tensões entre os EUA e a China aumentaram devido a questões comerciais, especialmente após ambos os países imporem altas tarifas sobre produtos um do outro. Relatórios sugerem que a administração Trump está explorando várias estratégias para obter vantagem nas negociações futuras, incluindo restringir investimentos de investidores dos EUA em empresas chinesas. Na semana passada, rumores sobre possíveis deslistagens de empresas chinesas nos mercados dos EUA causaram instabilidade, levando a quedas significativas nas ações de grandes empresas chinesas listadas nos EUA, como Alibaba e Baidu. Simultaneamente, o índice S&P 500 caiu 0,5% na sexta-feira. A administração também está considerando limites sobre como os fundos de pensão dos EUA interagem com a economia chinesa e pode implementar limites sobre a exposição de fundos geridos nos EUA às empresas chinesas. Essas discussões estão ocorrendo entre várias agências governamentais, incluindo o Tesouro dos EUA e o Conselho Econômico Nacional. Figuras importantes da administração Trump, como os assessores Peter Navarro e Steve Bannon, estão supostamente apoiando essas medidas, que fazem parte de uma estratégia mais ampla em relação à relação EUA-China. Os defensores da limitação de investimentos em empresas chinesas argumentam que essas firmas costumam apresentar uma governança fraca, aumentando o risco de fraude para os investidores dos EUA. Além disso, há preocupações de que a estreita relação entre o governo comunista chinês e as empresas públicas possa, inadvertidamente, financiar o regime, representando riscos para os investidores americanos.