Zhou Xiaochuan, ex-governador do Banco Popular da China, expressou preocupações sobre os perigos potenciais dos stablecoins em meio a discussões sobre um stablecoin baseado no yuan. Em um seminário realizado em julho, Zhou destacou o risco de os stablecoins serem usados excessivamente para especulação de ativos, o que pode ameaçar a estabilidade do sistema financeiro. Ele argumentou que a necessidade de implementar stablecoins na infraestrutura financeira atual pode ser exagerada, defendendo uma avaliação mais objetiva da demanda por essas inovações. Zhou observou que a China já possui sistemas de pagamento móvel eficientes que utilizam códigos QR e tecnologia NFC vinculados à sua infraestrutura bancária, alcançados sem a necessidade de descentralização. Além disso, ele ressaltou que os stablecoins podem criar um risco de efeito multiplicador, especialmente se os emissores criam moedas sem reservas adequadas, o que poderia levar a possíveis turbulências financeiras. As advertências do ex-governador surgem em um momento em que o governo chinês considera uma proposta para os stablecoins, em forte contraste com a sua proibição contínua da negociação de criptomoedas. Os reguladores chineses permanecem cautelosos, aconselhando as empresas locais a não promover essas moedas digitais.
❓ Quais são os riscos potenciais dos stablecoins?
Zhou Xiaochuan adverte que os stablecoins podem ser usados excessivamente para especulação e podem representar riscos sistêmicos se não forem adequadamente respaldados.
❓ Por que Zhou acredita que a adoção de stablecoins é exagerada?
Ele argumenta que os sistemas de pagamento existentes na China já são eficientes e questiona a verdadeira necessidade dos stablecoins.
❓ Qual é a atual posição da China em relação às criptomoedas?
A China mantém uma proibição ao comércio de criptomoedas e à mineração, contrastando com abordagens mais permissivas em regiões como Hong Kong.